Estar sozinho/a
Há um preconceito enorme em aceitar a vida a solo, no sentido em que parece que só existimos de forma digna se tivermos anexado um par. A vida em casal a partir de determinada idade é considerada normal enquanto que a opção por viver sozinha não e é até catalogada facilmente de forma depreciativa. Como se viver a solo só acontecesse porque do outro lado, do exterior, do mundo, não aparece ninguém a reclamar e a conquistar aquela pessoa.
Nada mais errado, a vida a solo pode perfeitamente ser uma escolha a qualquer idade, e pode não representar nem infantilidade, nem devassa sexual, nem falta de charme, nem falta de opção. A vida a solo pode representar o caminho e a vida. Nem toda a gente tem de pertencer a um casal, ao plural, ao nós. Há mulheres e homens perfeitamente conscientes do benefício de destinarem a sua vida de forma independente.
Não é uma falta, pelo contrário, é um preenchimento que não está vazio e que não procura noutro o que já existe interiormente.
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