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  • Foto do escritorDra. Fátima Santiago

Álcool


Os alcoólicos não são os únicos dependentes do álcool.

Aceite socialmente e até colocado em bombons muito populares, consumidos principalmente no Inverno, o álcool está presente na mesa de muitas pessoas...a todas as refeições.


Antes de falar no impacto do álcool no seu organismo, quero recordar que uma das consequências é a alteração do sistema nervoso que leva a comportamentos exacerbados que se podem caracterizar por êxtase ou violência (os extremos, portanto). O consumo exagerado de álcool pode, ainda, representar uma carência emocional que pode simplesmente representar uma falta de paixão pela vida e pela profissão. A não realização profissional será um tema que abordarei esta semana. Afinal, passamos a maior parte da nossa vida a trabalhar.


O álcool pode prejudicar e intoxicar muito o organismo, principalmente o fígado e o intestino mas também prejudica o coração, o cérebro e o estômago.

Quando afecta o Sistema Nervoso Central pode causar perda de reflexo, problemas de atenção, perda de memória, sonolência e coma, que pode levar à morte. Porque liberta adrenalina, acelera a atividade do sangue no coração, aumentando a frequência dos batimentos cardíacos.No fígado, provoca a alteração de enzimas, mudando o ritmo do metabolismo e pode provocar inflamação crónica, hepatite alcoólica e cirrose. Já no estômago irrita não só as mucosas deste, como do esófago, provocando esofagite, gastrite e diarreia.


Para terminar, sobrecarrega dos rins, devido ao seu efeito diurético, dificultando a acção deste orgão, que é a de filtrar substâncias indesejáveis.

Assim que é ingerido o álcool vai para o estômago e entra logo na corrente sanguínea percorrendo os orgãos e chegando também ao cérebro. Quem tem muita gordura corporal, repele a absorção do álcool pelas células, fazendo com que permaneça mais tempo na corrente sanguínea, prejudicando ainda mais o organismo.

Se o seu organismo estiver saudável, o fígado tem uma enzima que destrói a molécula do álcool (o organismo reconhece o álcool como veneno), mas se a quantidade ingerida for muita, o fígado não consegue combater a molécula venenosa do álcool e o organismo evidencia sintomas como aumento de pressão arterial, derrames, fadiga, náuseas, irritação do estômago e dor de cabeça. Estes sintomas são um sinal gritante e um pedido de ajuda e são conhecidos como ressaca.


Existe, ainda, outro lado negro do consumo do álcool: a dependência. A dependência surge pelo consumo habitual e é influenciada por questões emocionais, carências nutricionais e factores sociais. A dependência pode causar problemas mentais, insuficiência renal e impotência.


Uma pessoa que trabalha comigo confidenciou-me que bebia na juventude porque precisava sentir-se integrada. Não gostava, fez o esforço e começou a habituar-se. O seu corpo logo deu sinal, muitos problemas de pele (pura evidência do estado interior do organismo) e o excesso de peso denunciaram os danos. Esta chamada de atenção do corpo, serviu-lhe para perceber que não era uma pessoa de grupo (pelo menos não daquele género), de noites e de consumos exagerados. Aceitou-se, procurou pessoas com interessantes semelhantes, começou a apreciar mais estar sozinha e combinado um estilo de vida saudável com uma alimentação também saudável sente-se bem. Curioso, não é? Como uma chamada de atenção do organismo pode evidenciar aspectos do nosso bem-estar e da nossa personalidade que estamos a neglicenciar e que não aceitamos/reconhecemos.


Beber um copo de vinho tinto ao jantar de vez em quando pode ser relaxante e até benéfico, mas não consuma cerveja nem bebidas brancas. Se estiver grávida ou a amamentar não consuma, obviamente.

As razões para se manter afastado do álcool são muitas. E se precisássemos se álcool para viver, este nasceria nas árvores, não acha?




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